Você vence os primeiros meses. Sobrevive a rotina insana de dar mamá para dois, de três em três horas. Passa, aos trancos e barrancos, pela fase da Introdução Alimentar. Quase morre de dor nas costas segurando dois bebês quando eles estão aprendendo a caminhar…
Até que, finalmente, chega na tão prometida fase que eles começam a falar e comunicar o que querem. O problema é que, com a fala, vem também a incrível habilidade de comunicar o que eles NÃO QUEREM…
Não querem comer. Não querem escovar os dentes. Não querem tomar banho. Não querem pentear o cabelo. Não querem se vestir.
Mas, ainda assim, acredite, querem um monte de coisa.
Aliás, por aqui já chegamos à conclusão de que Maya e Luna sabem exatamente o que querem:
Tudo aquilo que elas não têm.
Pois é.
Sabe aqueles momentos em que parece que o mundo inteiro conspirou para testar sua paciência?
Assim são as birras.
De repente, como que num passe de mágica, aquela criança que parecia tão quieta e tranquila se transforma. Começa a gritar, chorar, se jogar no chão e provocar os mais diferentes sentimentos em você.
Lidar com comportamentos desafiadores dos pequenos não é tarefa fácil. A gente acha que, vencido o primeiro ano, nada pode ser pior. Até que, pimba:
A realidade nos apresenta uma fase cheinha de novas batalhas e de muito desgaste emocional.
Por isso, aí vão três informações que você precisa saber sobre a combinação explosiva GÊMEOS + BIRRAS:
#1. A diferença das birras quando se tem gêmeos (que faz toda a diferença!)
Os dois/ três anos são desafiadores para todos. Quanto a isso, não restam dúvidas.
O diferente é que, quando se tem gêmeos, vem junto no pacote uma particularidade especial: a influência entre irmãos.
Um pode até estar tranquilo. Mas é só olhar o outro estressado para, rapidamente, ter o humor afetado. Um pode até estar com fome e gostando da comida. Mas é só olhar o outro jogando o prato longe para ser consumido pelo ímpeto de fazer o mesmo. Um pode até aceitar se vestir de boa. Mas “se o mano não quer essa roupa, vou tocar o puteiro e me negar também…”
Ou seja: o tal “terrible two” é vezes two!
Por isso, seja compreensível com a família com gêmeos que chega atrasada no rolê: foram muitas lutas e negociações até conseguirem sair de casa.
#2. As birras não precisam ser sempre em dobro
Muitas vezes, o fator que está incomodando uma das crianças também acaba incomodando a outra (cansaço, fome, excesso de estímulos).
Mas, não. As birras não são sempre em dobro. É possível que um da dupla se mantenha tranquilo, mesmo “contaminado” pelo stress do irmão. É raro, mas acontece.
A boa dica para os pais é:
Sempre que possível, quando perceber que um dos filhos está passando por um momento de explosão emocional, antes de acalmar, acolher, validar os sentimentos e aquela coisa toda, tente levá-lo para longe do irmão. Caso contrário, invariavelmente, você terá que lidar com dois problemas ao invés de um.
Faz sentido?
#3. Agressividade entre irmãos pode ser sinal de sono, fome, excesso de estímulos
E quando a birra termina em briga de irmãos?
Cenário não apenas possível como bem provável. Esse, aliás, é um belo sinal de alerta para identificar que algo não está bem.
Quando minhas filhas ficam muito agressivas entre si, eu já sei: estão muito cansadas. Nessas horas, não adianta insistir em outras brincadeiras para desviar atenção. O que elas precisam mesmo é dormir ou, pelo menos, descansar por alguns minutos.
E isso pode se aplicar aos mais diferentes causadores de birra. Afinal, brigar com o irmão gêmeo é uma bela forma de extravasar uma crise emocional, néan? 😅
Claro que sim!
A gente que lute.
Como lidar com a birra?
Muito bem.
Agora que você já entendeu que as birras de gêmeos têm algumas particularidades importante, segue a dúvida:
Qual a melhor solução para essas situações? Ignorar? Brigar? Esperar a criança cansar? Prometer uma “recompensa” para que ela se controle?
São dúvidas que todos os pais, de gêmeos ou não, têm ou já tiveram. Por isso, aí vai um passo a passo completo para sua sobrevivência:
[Birra: a melhor (e mais eficaz) maneira de lidar]
Não é receita de bolo. Não é 100% eficaz em todos os casos. Mas é o que tem me ajudado a lidar com os comportamentos desafiadores das minhas filhas quando eles aparecem.