Você sabia?
Eu, antes de engravidar de gêmeos, não.
Sempre pensei que a influência genética poderia vir tanto do lado do futuro pai quanto da futura mãe. Eis que estava enganada…
Muita gente, assim como eu, confunde isso. Tanto que é BEM comum perguntarem se na família do meu marido tem gêmeos.
Não tem. E, mesmo se tivesse, não teria feito diferença nenhuma na nossa gravidez dobrada.
Exatamente!
O histórico familiar do pai não aumenta em nada as chances de uma gravidez gemelar acontecer. Seu marido pode ser filho de mãe gêmea, pode te irmãos gêmeos, pai gêmeo… e você terá a mesma probabilidade de ser premiada na loteria dos gêmeos que uma pessoa qualquer.
Eu explico:
A herança dos genes acontece apenas nos casos de gêmeos BIVITELINOS (aqueles que são fruto de dois óvulos fecundados por dois espermatozoides diferentes ao mesmo tempo). O que pode passar adiante na família é exatamente essa capacidade da mulher de ovular mais de uma vez num mesmo ciclo.
Então, um histórico de gêmeos bivitelinos na família de um homem não o torna mais propenso a ser pai de gêmeos – mas, daí sim, avô de gêmeos. Isso porque ele pode transmitir os genes da hiperovulação às suas filhas.
Sabe aquela teoria de que gêmeos pulam uma geração?
Pois é, possivelmente, ela venha daí.
Já para o nascimento de gêmeos univitelinos (os idênticos), não se tem nenhuma comprovação científica até hoje que prove hereditariedade. Ao que se sabe, uma gravidez de gêmeos idênticos (quando um óvulo é fecundado por um único espermatozoide e o embrião se divide em dois) é um fenômeno que acontece totalmente ao acaso.
Portanto, mamãe, se você engravidou naturalmente de gêmeos, pode confiar que a deusa da fertilidade da história é todinha você.
Observação importante:
Pode ser que, no futuro, descubram alguma relação genética também na gestação de gêmeos idênticos?
Pode.
Pode ser que algum achado científico prove, sim, a relação do pai nisso tudo?
Pode também.
Mas, até o momento, são essas as informações que temos.