Ser mãe de gêmeos é uma experiência, no mínimo, louca.
A gente fica louca de amor. Louca de cansaço. Louca de medo. Louca de coragem. Louca de vontade de ir embora. E louca de vontade de voltar correndo…
Tudo no mesmo pacote. Tudo na mesma intensidade.
A maternidade, gemelar, aliás, é a casa dos “mixed feelings”.
Ser mãe de gêmeos é se sentir extremamente realizada e completa e, ao mesmo tempo, como se faltasse uma parte de si. Afinal, a gente tem que se dividir em várias para cuidar de dois. E isso inclui a parte que deveria ser usada para cuidar de nós mesmas…
É doidera das boas. É correr para acalmar um filho já com outro nos braços. É ter um olho no peixe, e outro no gato.
Ser mãe de gêmeos é aprender a viver com a tal da culpa. Culpa por comparar os filhos, culpa para decidir quem vai mamar primeiro, culpa por dar o banho na mesma água, culpa para escolher em qual cama vai deitar de noite…
É exaustão ao extremo. É acordar duas vezes mais na madrugada e dormir duas vezes menos. É dar colo para para dois, quando só existe espaço para um.
Ser mãe de gêmeos é ser eternamente grata por seus filhos e, ao mesmo tempo, sentir uma pontinha de inveja da independência daquela mãe que passeia sozinha com o seu bebê na rua…
É querer ficar mais momentos a sós com as crias, mas ter a sensação angustiante de você já não é dona da própria vida. Porque parece que precisa sempre de alguém por perto para dar uma força quando a coisa aperta. Um misto estranho de impotência e desespero por ajuda.
Tudo tão difícil quanto recompensador.
Só quem deu à luz para mais de um ao mesmo tempo sabe.
Ser mãe de gêmeos é das missões mais desafiadoras (e gratificantes) que já inventaram.
Nada pode ser mais incrível do que ver dois pares de olhos procurando, ansiosamente, encontrar os nossos para se sentirem seguros. Nada supera um amor que chega em dobro e se multiplica em mil.
Somos privilegiadas ❤️